10 coisas que aprendi aos 22 anos
Cheguei aos 22 tão rapido, que nem sei o que fiz da vida. Brincadeira. Como uma tradição que tenho feito, todos os anos escrevo algumas coisitas que aprendi durante esse ano da minha existência. No entanto, no ano passado não publiquei, mas publiquei no ano anterior a esse: 20 COISAS QUE APRENDI EM 20 ANOS. Assim, este ano trouxe 10 coisas que aprendi aos 22 anos. São menos lições que aprendi, mas igualmente importantes.
1. CADA UM TEM O SEU RITMO.
Somos quase 8 mil milhões de pessoas num planeta só e estamos há espera, de alguma forma, que toda gente siga o mesmo rumo. Nascer, crescer, estudar, trabalhar, morrer. É impossível e errado querer algo assim. Não somos robôs para seguirmos todos de forma automática e irracional e cada vez estamos a esquecer mais disso.
As comparações constantes com o vizinho do lado ou aquela menina da Internet que tem mais do que tu estão a criar inseguranças que provocam a estagnação ou a desistência de sonhos e objetivos. Eu fiquei muito triste por não ter entrado no mestrado que queria no ano passado e agora estou feliz por não ter entrado porque consegui fazer coisas diferentes e que me ajudaram a crescer. Ainda assim, senti-me muito mal por não ter entrado porque era o ritmo natural da vida, mas não queria dizer que fosse o ritmo natural para mim.
2. ACREDITA E VAI ACONTECER.
Eu sei que isto é bastante estranho para alguns, mas é algo que eu acredito profundamente – a lei da atração. Essa lei consiste em basicamente conseguir tudo o que se quer com o poder da mente. Ainda pouco sei sobre isto, só vi o filme apenas (que recomendo imenso!). Não quero entrar em muitos detalhes para já, porque não sei muito sobre o assunto, mas acredito que se visualizar algo na minha cabeça, se imaginar como é ter já essa coisa, ela acaba por acontecer – seja algo bom ou mau. E isso aconteceu com muita coisa este último ano, tanto para o bom, como para o mau.
3. NÃO ÉS SUFICIENTE PORQUE NÃO QUEREM.
Sempre ouvi dizer que só não se é suficiente para alguém que não sabe o que quer e todos os anos relembro-me disso constantemente. Ora, vou dar um exemplo: eu gostava de um rapaz e era capaz de fazer tudo por ele e ele dizia gostar de mim, mas nunca namoramos porque eu acabava por não ser suficiente para ele. Passado uns anos comecei a gostar do meu namorado e ele começou a gostar de mim da mesma maneira e nunca senti a necessidade de mostrar-me ser a melhor e foi uma incrível bênção que o Universo me deu porque soube realmente o que é ser amada e o que é amar.
4. O TEMPO É ESSENCIAL.
E com isto quero dizer duas coisas: o tempo cura tudo e o tempo é escasso. 2019 tem sido um turbilhão de emoções, acreditem. Muita dor à mistura, mas muito amor também. A dor acaba por passar, mesmo que não pareça no momento. E o amor faz com que os momentos bons sejam criados e passem tão depressa que uma pessoa nem consegue acompanhar.
5. HÁ COISAS QUE NÃO IMPORTAM ASSIM TANTO.
Eu tenho muito esta mania de me importar com tudo e todos, até ao mais ínfimo detalhe. Chega a ser um incomodo na minha vida porque ralo-me com coisas mesmo pequenas que não têm significado qualquer, mas com as quais devoto a minha atenção na mesma. Estou a ler um livro, You Are A Badass da Jen Sincero, que fala sobre libertar-me da preocupação de coisas que não consigo controlar. Já o A Arte Subtil de Dizer Que Se F*da explicava que não dá para controlar o que acontece, mas dá para controlar como reagimos ao que acontece e esses dois ensinamentos ficaram muito marcados em mim.
6. SE NÃO TE REALIZA, MUDA.
Estava num trabalho que já não me acrescentava nada, muito honestamente. Decidi trocar e acabei por fazer o mesmo que fazia na empresa anterior, mas um pouco melhor. Ainda assim, não é ali que quero estar para sempre e não me vejo a subir naquela empresa, não dão oportunidades para tal. Tudo o que conseguia retirar de lá, já o fiz. Então, vou despedir-me. É uma decisão difícil porque, apesar de viver com os meus pais, tenho as minhas contas também. No entanto, não posso continuar num sítio onde tenho de estar oito horas do meu dia, cinco dias por semana, a fazer algo que já não me realiza ou me motiva. A minha mãe está sempre a comentar que posso mudar para pior, mas como é que saberei se não o tentar fazer?
7. VÃO RECLAMAR SÓ PORQUE SIM.
Onde trabalho atualmente chega a ser saturante pela quantidade de reclamações que recebo constantemente – muitas delas sem qualquer fundamento. As redes sociais estão constantemente cheias de hashtags de cancelamento a artistas que erram ou quando dizem algo sem pensar muito, ou até quando vão a um país fazer um concerto num festival e não gostam da artista que vem. Não há por onde fugir – vão reclamar sempre só porque sim e não há como mudar porque as pessoas ganharam a mania de um intitulamento de que a verdade delas é que importa e é a legítima.
8. NÃO É DIFÍCIL, SÓ PRECISAS DE COMEÇAR.
Ora, eu tirei uma grande pausa do blog porque queria construir uma plataforma melhor, com um layout melhor; queria fazê-lo de raiz, só que não sabia como e não começava a fazê-lo porque ia demorar muito e achava que era difícil. A verdade é que sim, era difícil e acabei por não fazê-lo do início, mas consegui arranjar uma forma de encontrar algo perto daquilo que queria e aqui está o novo layout!
Outro exemplo: quero aprender francês para poder ir morar com o meu namorado para Bordéus e trabalhar lá. Ora, francês é muito complicado para a minha cabeça lógica – há junção de letras que não correspondem aos sons que estou habituada e há letras que não se lêem de todo e que raio, quem quer isso? No entanto, estou a tentar aprender com o Duolingo e através do Pinterest e, já das duas semanas de férias que fui lá conseguia perceber cada vez mais o que diziam porque comecei a empenhar-me em aprender.
Uma ação levou ao início que levou à concretização de algo que eu achava difícil – só precisei de começar! Além disso, quanto mais cedo começar, mais cedo chego onde quero e melhor começar hoje do que daqui a um mês pensar que poderia ter começado há um mês atrás.
9. UMA PAUSA NÃO É MÁ IDEIA.
Ora, uma coisa que eu sinto sempre que passo uma folga sem fazer nada é uma culpa imensa de que podia ser produtiva e não o estou a ser. Acho que hoje em dia tem havia uma grande normalização do cansaço e da produtividade excessiva, que passa a ser o contrário do que produtividade devia ser. Achamos que quando estamos ocupados é quando estamos a ser felizes e parar é morrer porque deixamos de trabalhar para os nossos objetivos. Não é bem assim e descobri quando passei semanas ou meses, sem ter vontade de criar conteúdo.
O cansaço psicológico era tanto que não me apetecia aproximar-me do computador para escrever, nem de um caderno para rabiscar, nem de um livro para ler. A minha vontade era de acabar com tudo porque não tinha descanso e sentia-me abafada com tanta coisa ao mesmo tempo. É necessário uma pausa quando tiver de ser e quando o corpo pede.
10. FAZ POR TI.
Acho que grande parte do sucesso de muitas coisas que fiz foi porque fi-las por mim, para mim. Com o blog sinto a tendência de querer fazer publicações que sei que as pessoas vão gostar e, não estou de todo a dizer que não devo fazer isso também, mas acabei por esquecer-me do que realmente gosto de partilhar. Esta recente pausa fez-me perceber que rumo quero que o blog tenha e esperem novidades em breve! Seja qualquer coisa que eu faça, desde ir ao ginásio, desde aprender coisas novas, desde escrever, desde a maneira como me visto, tento sempre fazer aquilo que que gosto e quero, invés de ligar aos comentários dos outros.
São estas, então, as 10 coisas que aprendi aos 22 anos. Espero que tenham gostado da publicação nova! Comentem que lemas vocês levam convosco para o caixão até! Podem seguir-me no Instagram para estar sempre atentos a quaisquer atualizações do blogue.
Até já,